Um idoso de 61 anos foi resgatado de uma situação de trabalho análogo à escravidão em uma pedreira localizada em Juazeiro do Norte. Ele trabalhava há três anos no local, extraindo pedras manualmente para a produção de paralelepípedos, sem receber salário e vivendo em condições precárias.
Segundo a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), o trabalhador morava de forma improvisada dentro da pedreira, em um barraco de lona sem banheiro, sem acesso adequado à água potável e sem condições mínimas de higiene. O corte e desmonte das rochas era feito manualmente, sem equipamentos de proteção e com risco elevado. Além disso, não foi constatado registro formal na Carteira de Trabalho.
A pedreira estava oficialmente interditada por um órgão ambiental, mas permanecia funcionando de forma irregular. O idoso, analfabeto e sem alternativas de sustento, dependia do local para morar, o que o mantinha na situação de exploração. Após o resgate, a empresa responsável efetuou o pagamento de aproximadamente R$ 8 mil, referentes a valores rescisórios e indenização por danos morais.
O trabalhador foi desligado da atividade e acolhido por uma associação. O caso integra uma operação realizada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, com apoio da Polícia Federal e da Defensoria Pública da União, que resgatou 20 trabalhadores em condições degradantes nos estados do Ceará, Piauí e Pernambuco.
Matheus Moreira/ News Cariri









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