Hospitais de Gaza registraram nove mortes devido à fome e à desnutrição nas últimas 24 horas, de acordo com o Ministério da Saúde local. A contagem eleva para 122 o número total de pessoas que morreram de fome durante a guerra de Israel em Gaza, incluindo 83 crianças, informou o órgão em comunicado no Telegram. A ocupação israelense bloqueia todas as passagens há 145 dias consecutivos.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, condenou nesta sexta-feira (25/07) as condições humanitárias na Faixa de Gaza. O premiê descreveu a situação como uma “catástrofe humanitária” e enfatizou a necessidade urgente de proteger vidas inocentes e acabar com o sofrimento e a fome da população.
“A negação de ajuda humanitária por parte de Israel e os ataques a civis, incluindo crianças que buscam água e comida, são indefensáveis e inaceitáveis”, declarou.
O chanceler canadense Mark Carney também solicitou a substituição do controle de Israel sobre a ajuda humanitária por um órgão independente. Em declarações à agência britânica Reuters, o primeiro-ministro pediu a negociação de um cessar-fogo imediato, reafirmando que Ottawa apoia a solução de dois Estados e pretende trabalhar vigorosamente em todos os campos para ajudar a concretizá-la.
Já Esmaeil Baghaei, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, relembrou que apenas os EUA e Israel votaram contra uma resolução histórica da ONU no final de 2021 que reconheceu o acesso à alimentação como um direito humano básico protegido.
“O mundo se uniu, e a Resolução do Direito à Alimentação foi endossada por todos os membros da ONU, enquanto estes dois a rejeitaram completamente”, escreveu no X. “A oposição deles a essa resolução não indicava uma política premeditada de usar alimentos como arma de guerra?”, acrescentou.
Violência persiste em meio à crise
Em meio ao bloqueio de ajuda e mortes por desnutrição, as Forças Armadas de Israel intensificam sua escalada. Nesta sexta-feira (25/07) ao menos 11 palestinos morreram, incluindo quatro civis que buscavam auxílio humanitário.
Outro ataque aéreo atingiu uma escola que abrigava deslocados no bairro de Remal, no oeste de Gaza, deixando feridos e quatro mortos, conforme relatado por fonte médica do Hospital al-Shifa à emissora catari Al Jazeera.
Já no bairro de Tuffah, ao leste, um palestino foi morto durante uma incursão militar israelense. O balanço total da ofensiva israelense em Gaza desde outubro de 2023 agora alcança 59.587 mortos e 143.498 feridos. Em Israel, estima-se que 1.139 pessoas tenham morrido nos ataques de 7 de outubro, com mais de 200 ainda mantidas como reféns.
Fonte: Opera Mundi
Deixe um comentário