A obrigatoriedade de quarentena de cinco dias para viajantes não vacinados que entrarem no Brasil por via aérea, prevista para entrar em vigor neste sábado (11), pode ser adiada por causa do ataque hacker contra o site do Ministério da Saúde e o aplicativo e a página do ConecteSUS. A informação foi dada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em visita ao Hospital da Baleia, em Belo Horizonte, nesta sexta-feira (10).
“Por conta da questão dos que têm vacina, eles precisam comprovar a vacinação para não ficar em quarentena, então é possível que se postergue a exigência desta portaria que foi editada pelo Ministério da Saúde. Vê como faz mal, né, uma atitude criminosa dessa”, afirmou Queiroga, sem dar detalhes.
A invasão dos hackers resultou no desaparecimento dos dados de vacinação da população. Funcionalidades como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital ficaram indisponíveis.
As regras sobre a quarentena foram publicadas pela Casa Civil na edição de quinta-feira (9) do Diário Oficial da União (DOU) e valem para brasileiros e estrangeiros maiores de 18 anos.
Até agora, todos os viajantes que entram no país por via aérea precisam apresentar apenas a Declaração de Saúde do Viajante (DSV), que pode ser preenchida no site da Anvisa, e um exame RT-PCR negativo realizado até 72 horas antes do embarque.
Notificação de casos é prejudicada
Segundo Queiroga, a computação dos dados de casos e óbitos por Covid-19 será prejudicada pelo ataque – no Tocantins, os sistemas de notificação de casos de Covid não estão funcionando
Backup
O ministro da Saúde já tinha dito mais cedo que os dados da população que estavam no ConecteSUS não serão perdidos após o ataque hacker.
Segundo ele, existe backup das informações.