Forças dos Estados Unidos apreenderam na quarta-feira (10) o petroleiro Skipper, interceptado no mar do Caribe, próximo à costa da Venezuela. A operação foi conduzida pela Guarda Costeira norte-americana, com apoio da Marinha, e incluiu o desembarque de militares por rapel a partir de um helicóptero. Segundo autoridades dos EUA, a ação ocorreu em águas internacionais e foi cumprida sem confrontos ou feridos.
O governo norte-americano afirma que o navio estava sob sanções desde 2022 por integrar uma rede ilícita de transporte de petróleo associado ao Hezbollah, ao Irã e à Venezuela. De acordo com fontes americanas, o Skipper transportava petróleo venezuelano destinado inicialmente a Cuba, antes de seguir para a Ásia. O petroleiro também teria usado bandeira falsa da Guiana e mascarado sua localização, prática comum em embarcações suspeitas de burlar sanções internacionais.
O episódio representa uma escalada nas ações que Washington realiza na região, até então voltadas sobretudo a barcos de pequeno porte acusados de envolvimento com o narcotráfico. A apreensão de um navio de grande porte ligado à economia venezuelana levantou questionamentos sobre possíveis implicações diplomáticas, embora o governo Trump não tenha classificado a operação como ato de guerra. O presidente norte-americano disse apenas que a ação ocorreu “por um bom motivo” e sugeriu que os EUA podem ficar com o petróleo apreendido.
A Venezuela reagiu classificando o episódio como “pirataria internacional” e um “roubo descarado”, acusando Washington de violar sua soberania econômica. Até esta quinta-feira (11), o Skipper permanecia sob controle das forças dos EUA e ancorado no Caribe, sem informações oficiais sobre o futuro da embarcação ou da carga de cerca de 1,1 milhão de barris de petróleo.
Agência News Cariri









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