O enviado especial dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg, afirmou que as negociações para encerrar a guerra estão “muito próximas” de um desfecho. Segundo ele, restam apenas duas questões centrais a serem solucionadas: o futuro do território de Donbas e a situação da usina nuclear de Zaporizhzhia, hoje controlada pela Rússia. Kellogg, que deixa o cargo em janeiro, disse que as tratativas avançaram significativamente e que o processo está nos “últimos 10 metros”.
As declarações ocorrem enquanto o presidente Donald Trump tenta consolidar a imagem de “pacificador”, colocando o fim do conflito como prioridade de sua política externa. A guerra começou em 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia após anos de confrontos entre separatistas pró-Moscou e as forças ucranianas na região de Donbas.
Apesar do otimismo de Washington, Moscou afirmou que ainda são necessárias “mudanças radicais” nas propostas apresentadas pelos EUA. O conselheiro de política externa do Kremlin, Yuri Ushakov, disse que questões territoriais foram discutidas na conversa realizada na semana passada entre o presidente Vladimir Putin, o emissário norte-americano Steve Witkoff e Jared Kushner, genro de Trump.
Do lado ucraniano, o presidente Volodymyr Zelenskiy rejeita qualquer concessão automática de território, afirmando que entregar o restante de Donetsk sem um referendo seria ilegal e abriria caminho para novos avanços militares da Rússia no futuro. Ainda assim, Zelenskiy disse ter tido uma conversa “longa e substancial” com Witkoff e Kushner, enquanto o Kremlin sinaliza que espera avanços a partir dessas negociações.
Matheus Moreira/ News Cariri









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