O britânico Lando Norris conquistou neste domingo (7) seu primeiro título mundial de Fórmula 1. Ao terminar em terceiro lugar no Grande Prêmio de Abu Dhabi, Norris garantiu pontos suficientes para superar por apenas dois pontos o holandês Max Verstappen (vencedor da prova) e seu companheiro de equipe Oscar Piastri na briga pelo campeonato. O feito inédito encerrou a sequência de quatro títulos consecutivos de Verstappen (2021–2024) e tornou Norris o 11º campeão mundial do Reino Unido, o primeiro não-Hamilton desde Jenson Button em 2009. Além disso, a conquista pôs fim a um jejum de 17 anos da McLaren: a equipe papaya não vencia o Mundial de Pilotos desde Lewis Hamilton em 2008.
A temporada 2025 de Norris foi marcada por altos e baixos, mas sua consistência prevaleceu. O piloto da McLaren somou sete vitórias (idem a Oscar Piastri) ficando atrás apenas das oito vitórias de Max Verstappen na temporada, e colecionou 18 pódios em 24 GPs. Em entrevista após a corrida, Norris admitiu ter encarado “uma temporada de altos e baixos”, mas ressaltou que “vencer um campeonato é sobre consistência, e eu tive muita disso nesta temporada”. Ele destacou ainda o apoio da equipe e da família, comentando que só conseguiu chegar ao fim graças à união de todos. Mesmo com algumas falhas, como a quebra no motor em Imola e a desclassificação dos dois carros da McLaren em Las Vegas, Norris fez o que precisava para garantir o título antes da última curva da temporada.
O desfecho da temporada teve forte impacto histórico. Com sete vitórias, Norris só ficou atrás de Verstappen em número de triunfos, mas foi o britânico quem levou o troféu. A corrida em Abu Dhabi, vencida por Verstappen, coroou a campanha de Norris e rompendo com a era de domínio absoluto da Red Bull. O resultado sela um novo capítulo para a McLaren, consagrando-a novamente como melhor equipe do grid, já que o time papaya havia conquistado o Mundial de Construtores em 2024 e agora coloca seus dois pilotos (Norris e Piastri) no topo em Abu Dhabi.
Lando Norris também difere do estereótipo tradicional de campeão, ele “não tem o estilo típico” dos campeões de F1: pode ser menos ousado, arriscar menos e até expor demais suas fragilidades emocionais, mas superou esse estigma em 2025. De fato, Norris não escondeu a emoção ao fim da corrida: confessou ter pensado na mãe na última volta, às lágrimas pela conquista. Amigos e rivais ressaltaram sua personalidade autêntica.O triunfo de Norris sinaliza também uma mudança geracional: o piloto de 26 anos tem forte presença entre fãs jovens (incluindo entusiastas de simulação de corrida) e já afirmou que “os esports podem ajudar a F1 a alcançar os mais jovens”. Seu título mostra que o esporte pode premiar personalidades menos estereotipadas, aproximando a categoria de um público mais amplo. Norris foi fiel à McLaren mesmo em momentos difíceis e agarrou uma “oportunidade que pode não se repetir nunca mais”, um marco que pode inspirar a nova geração de pilotos e fãs da Fórmula 1.
Lorhante Santos/ News Cariri









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