O Brasil alcançou no trimestre encerrado em outubro a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. O índice caiu para 5,4%, abaixo dos 5,6% registrados no trimestre anterior e significativamente menor que os 6,2% observados no mesmo período de 2024. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28).

Segundo o levantamento, o número de pessoas desocupadas chegou a 5,91 milhões, o menor contingente já registrado. A queda representa 11,8% a menos que no ano anterior, o equivalente a 788 mil brasileiros que deixaram a condição de busca ativa por emprego. O resultado reforça a tendência de recuperação do mercado de trabalho após o período crítico da pandemia, quando as taxas chegaram ao recorde de 14,9%.

A pesquisa aponta ainda um avanço no emprego formal: o total de ocupados com carteira assinada atingiu 39,18 milhões, também o maior número da série histórica. O rendimento médio real do trabalhador chegou a R$ 3.528, superando todos os registros anteriores do IBGE e indicando melhora no poder de compra dos brasileiros.

A Pnad Contínua analisa a situação laboral de pessoas com 14 anos ou mais em todo o país, incluindo trabalhadores formais, informais, temporários e por conta própria. A divulgação ocorre um dia após o Caged apontar a criação de 85,1 mil vagas formais em outubro e saldo positivo de 1,35 milhão de postos de trabalho com carteira assinada em 12 meses, reforçando o cenário de aquecimento do mercado.

Matheus Moreira/ News Cariri