O julgamento do caso da “Gasolina Podre”, escândalo descoberto em 2019, em Nova Olinda, deve ser iniciado nesta segunda-feira, 12. O processo investiga indícios de superfaturamento no abastecimento de veículos da prefeitura em um posto de combustíveis local.
Os acusados poder ser condenados por crimes de peculato, corrupção ativa e corrupção passiva. Um empresário, ex-secretários municipais, servidores e até o ex-prefeito Afonso Domingos Sampaio estão entre os envolvidos no processo. Sampaio estava à frente da prefeitura na época em que o escândalo veio à tona.
De acordo com as investigações, o suposto esquema teria movimentado em torno de R$ 2 milhões entre 2016 e 2019. As investigações foram iniciadas após uma denúncia na Câmara Municipal de Nova Olinda.
Após a repercussão na Câmara, a Polícia Civil deflagrou uma operação em fevereiro de 2019, sendo cumpridos três mandados de prisão temporária contra suspeitos de envolvimento no esquema, incluindo dois secretários municipais e um empresário.
Com menos de 30 veículos em sua frota, o município gastou mais de R$ 1,2 milhão com combustível em 2017. No ano seguinte, mais R$ 1,3 milhão na aquisição de combustíveis. O modus operandi envolvia a adulteração da planilha de abastecimento fornecida pelo posto de gasolina que mantinha contrato com a prefeitura.