O governo russo afirmou nesta segunda-feira (29) que drones lançados pela Ucrânia teriam tentado atingir uma das residências do presidente Vladimir Putin, localizada na região de Novgorod. A acusação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que declarou que o episódio deve provocar mudanças na postura de Moscou nas negociações por um cessar-fogo. A Ucrânia negou qualquer envolvimento.
Segundo Lavrov, não houve vítimas nem danos, e não foi confirmado se Putin estava no local no momento do suposto ataque. Ainda assim, o chanceler afirmou que os sistemas de defesa aérea russos derrubaram dezenas de drones e que alvos já estariam sendo selecionados para eventuais ações de retaliação. Apesar do discurso mais duro, a Rússia disse que não pretende abandonar as tratativas diplomáticas.
Do lado ucraniano, o presidente Volodymyr Zelensky classificou a acusação como falsa e afirmou que Moscou estaria tentando criar um novo pretexto para tensionar o cenário internacional. Ele também sugeriu que a Rússia busca enfraquecer avanços diplomáticos recentes envolvendo os Estados Unidos e aliados, especialmente após contatos com o ex-presidente norte-americano Donald Trump.
Ainda nesta segunda, Putin e Trump conversaram por telefone. De acordo com o Kremlin, o presidente russo informou o norte-americano sobre o suposto ataque e indicou que a Rússia pode rever sua posição nas negociações de paz. A Casa Branca descreveu a conversa como positiva, mas não detalhou o conteúdo. O episódio amplia o clima de desconfiança entre as partes e adiciona mais um elemento de instabilidade ao conflito.
Agência News Cariri









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