Câmara suspende Glauber Braga por seis meses e mantém mandato de Carla Zambelli em sessão decisiva

A Câmara dos Deputados decidiu, na noite desta quarta-feira (10) e madrugada de quinta (11), aplicar uma suspensão de seis meses ao deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), rejeitando sua cassação. A decisão foi aprovada por 318 votos a 141, com três abstenções. O parlamentar era acusado de agredir um integrante do MBL, Gabriel Costenaro, durante uma manifestação no Congresso, em abril do ano passado.

A suspensão foi apresentada como punição alternativa em um destaque proposto por Lindbergh Farias (PT-RJ) e apoiado por partidos como PSD e MDB. Mesmo deputados contrários às posições de Glauber reconheceram excesso na pena de cassação. Para eles, a punição preserva o decoro parlamentar sem extinguir o mandato. Glauber, emocionado, afirmou ter reagido após ofensas direcionadas à sua mãe, então internada em uma UTI, e classificou a tentativa de cassação como “uma violência”.

A sessão que antecedeu a votação foi marcada por tensão. Na véspera, Glauber ocupou a cadeira da presidência da Câmara em protesto e foi retirado à força por policiais legislativos, junto das deputadas Sâmia Bomfim e Célia Xakriabá. O episódio gerou forte repercussão e interrompeu a transmissão da TV Câmara.

Já na madrugada desta quinta (11), a Câmara rejeitou a cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália desde julho após condenação por envolvimento na invasão do sistema do CNJ. O placar de 227 votos a favor e 170 contra não atingiu a maioria absoluta necessária. Com isso, Zambelli mantém o mandato, embora siga impossibilitada de exercer suas funções parlamentares.

As duas votações encerraram um dia de grande tensão política no Legislativo, marcado por negociações entre bancadas e pela avaliação de processos disciplinares distintos, mas de forte impacto político.

Agência News Cariri 


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