O Vaticano publicou, nesta terça-feira (4), um novo documento doutrinário que orienta os fiéis sobre os títulos usados para se referir à Virgem Maria. A nota, aprovada pelo Papa Leão XIV e divulgada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, afirma que não é apropriado chamar Maria de “corredentora”. Segundo o texto, esse termo pode causar “confusão” sobre o papel de Cristo na salvação.

A Igreja Católica reafirma que Jesus Cristo é o único redentor da humanidade, enquanto Maria é reconhecida como mãe, intercessora e modelo de fé. O documento, chamado Mater Populi Fidelis, explica que, ao dar seu “sim” para conceber Jesus, Maria cooperou no plano de Deus, mas não atuou como salvadora da humanidade.

O esclarecimento encerra décadas de debates internos na Igreja. Embora o Papa João Paulo II tenha usado o termo “corredentora” em alguns discursos, seus sucessores, Bento XVI e Francisco, já defendiam limites no uso do título. Agora, o novo decreto estabelece orientação definitiva sobre o tema.

A nota destaca ainda que a devoção mariana segue sendo parte essencial da fé católica, mas deve sempre apontar para Cristo. O Vaticano orienta que os fiéis continuem a venerar Maria, reconhecendo seu papel singular na história da salvação, sem atribuir a ela funções que pertencem unicamente a Jesus.

O link com a nota completa se pode ser encontrado aqui.

Agência News Cariri