O Ministério da Educação (MEC) avalia levar a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para capitais do Mercosul já a partir de 2026. A possibilidade foi confirmada neste domingo (16) pelo ministro da Educação, Camilo Santana, durante coletiva em Brasília, após divulgação dos resultados da edição 2025 do exame.

Segundo o ministro, o Inep deverá concluir ainda no primeiro semestre do próximo ano um estudo sobre a viabilidade logística e financeira de aplicar o Enem em Buenos Aires (Argentina), Montevidéu (Uruguai) e Assunção (Paraguai). A proposta beneficiaria tanto brasileiros que vivem fora do país quanto estudantes estrangeiros interessados em ingressar em universidades brasileiras.

“É uma iniciativa que reforça a integração regional e amplia as oportunidades de acesso ao ensino superior. Vamos avaliar todos os aspectos técnicos, desde custos até a estrutura necessária, para que essa possibilidade seja considerada com total responsabilidade”, afirmou Santana.

O ministro destacou que o interesse crescente de estudantes de países vizinhos, aliado à retomada da construção da Universidade Latino-Americana (Unila), no Paraná, dá novo impulso à ideia de internacionalização do Enem. A proposta prevê que a prova continue sendo aplicada em português.

“Queremos fortalecer a presença do Brasil no cenário educacional do Mercosul e abrir as portas das nossas universidades para talentos da região”, completou.

Durante a coletiva, o MEC apresentou dados preliminares da edição deste ano. O Enem registrou 4,8 milhões de participantes, com cerca de 70% de presença nos dois dias de aplicação.

A operação envolveu mais de 580 mil colaboradores, entre equipes de logística, segurança, coordenação e aplicação da prova. Camilo Santana agradeceu o esforço das equipes e destacou “a magnitude de um dos maiores eventos educacionais do país”.

A decisão final sobre a expansão internacional será anunciada antes da abertura das inscrições do Enem 2026. Caso seja aprovada, a aplicação nos países do Mercosul ocorrerá em locais específicos definidos pelo Inep.

“Estamos dando o primeiro passo para ampliar fronteiras e consolidar o Enem como instrumento de integração e oportunidade na América do Sul”, afirmou o ministro.

Agência News Cariri