O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou o envio do porta-aviões Gerald Ford, o maior do mundo, para o mar do Caribe, próximo à costa da Venezuela, em meio à crescente tensão entre Washington e o governo de Nicolás Maduro.
A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (24) pelo secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, que confirmou o deslocamento de um grupo de ataque completo, composto pelo porta-aviões Gerald Ford, três destróieres (USS Mahan, USS Bainbridge e USS Winston Churchill), além de três esquadrões de caças F-18 e dois de helicópteros MH-60.
De acordo com o Pentágono, a movimentação tem o objetivo de “reforçar a presença americana no Hemisfério Ocidental” e “interromper atividades ilícitas” que ameaçariam a segurança dos Estados Unidos. O envio da frota representa, segundo a agência Reuters, o maior aumento militar americano na região da América Latina em mais de uma década.
Desde o início de outubro, os EUA vêm realizando ataques a embarcações latino-americanas, sob o argumento de combater o tráfico de drogas. Fontes da imprensa americana, no entanto, apontam que a operação pode ter como alvo político o regime de Maduro.
O governo venezuelano afirmou que agentes da CIA já estariam operando dentro do território nacional, em possíveis ações encobertas autorizadas por Trump. O New York Times informou que as ordens incluem “operações letais” contra figuras ligadas ao chavismo.
Apesar de alegar que a ofensiva mira o narcotráfico, dados da ONU indicam que a droga responsável pela maioria das overdoses nos EUA, o fentanil, vem do México, e não da Venezuela. Ainda assim, a Casa Branca mantém foco militar no Caribe, ampliando o cerco ao governo venezuelano.
Na última declaração sobre o tema, Trump afirmou que não descarta ações terrestres na região e que não pedirá autorização do Congresso para agir. “Vamos apenas eliminar quem traz drogas para o nosso país”, disse o presidente.
Matheus Moreira/ News Cariri









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