Advogado é preso por suspeita de envolvimento em assassinato em Fortaleza

Um advogado foi preso na terça-feira (21), no Bairro Vicente Pizón, em Fortaleza, por suspeita de envolvimento no assassinato de um homem. Além dele, a polícia cumpriu um mandado em uma unidade prisional, contra um detento, que teria sido cúmplice na ação.

O assassinato que o advogado é investigado ocorreu agosto deste ano, no Bairro Sapiranga, na capital.

A Polícia Civil não divulgou o nome do advogado, porém, o g1 apurou que se trata de Miguel Fernandes Pessoa Neto, 30 anos, capturado pelos agentes em frente a um condomínio na Avenida Zezé Diogo.

A prisão de Miguel foi em cumprimento a um mandado de prisão temporária, por homicídio qualificado. Após a captura, ele foi levado à 7ª Delegacia de Homicídios, que investiga o caso.

A participação do advogado e do comparsa no assassinato, bem como a motivação do crime, não foram detalhadas. O g1 não localizou a defesa de Miguel Fernandes.

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) informou que está acompanhando o caso através da diretoria de prerrogativas, do Centro de Apoio ao Advogado e do Tribunal de Ética e Disciplina (TED).

“A OAB Ceará também solicitou acesso aos autos do processo às autoridades competentes e, caso haja comprovação de envolvimento do advogado, informamos que será aberto um procedimento interno disciplinar, além de outras providências”, disse a entidade.

Investigado por fraudes em tornozeleiras

Essa não é a primeira vez que o advogado Miguel Fernandes é investigado pela polícia. Ele é réu em um processo por participar de um esquema criminoso descoberto em 2021, que fraudava o sistema de vigilância de monitoramento remoto da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

Conforme a denúncia do Ministério Público, à época, o advogado atuava em um cargo terceirizado na SAP. Com isso, ele recebia as ordens judiciais sobre as medidas cautelares impostas aos presos, e alterava as determinações no monitoramento eletrônico feito pela tornozeleira, mediante pagamento.

Além do advogado, outras nove pessoas, entre elas um soldado da Polícia Militar, são investigados por corrupção ativa.

Fonte: G1


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