MP questiona, e Ministério da Justiça adia envio da Força Nacional para reforçar segurança pública no Rio.

Ministério Público questiona se envio de 300 agentes e 50 veículos está de acordo com orientações do STF em ação que pede melhorias na segurança do Rio. Equipes devem reforçar policiamento na Maré e em outras áreas conflagradas.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou nesta quarta-feira (4) que adiou o envio de agentes da Força Nacional para reforçar a segurança pública no Rio de Janeiro.

envio tinha sido anunciado nesta segunda (2), como parte de um esforço do governo federal para conter a escalada de violência que atinge estados como o Rio e a Bahia.

Segundo ofício assinado pelo ministro Flávio Dino, o adiamento foi definido porque o ministério recebeu dois questionamentos do Ministério Público Federal no Rio sobre a adequação da medida.

“[…] o Secretário Executivo desta Pasta Ministerial, Ricardo Cappelli, foi duplamente notificado pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, que assinalou prazo de 10 dias para que o Ministério da Justiça e Segurança Pública informe ‘se as ações promovidas em âmbito federal obedecerão aos comandos da Corte IDH no Caso Favela Nova Brasília e do STF na ADPF 635 ou, ainda, que na retaguarda de eventuais operações estaduais, consentirão com o eventual descumprimento de pontos estabelecidos na ADPF 635′”, diz o ofício obtido pela TV Globo.

Até a última atualização do texto, o Ministério da Justiça e o governo do Rio não tinham divulgado novas datas ou um novo planejamento de segurança para o uso integrado das forças.

O documento afirma, ainda, que o adiamento do envio da Força Nacional não atrapalha outras medidas já realizadas em conjunto entre o governo federal e o governo do Rio, como:

  • reforço no controle das rodovias federais,
  • ações em portos e aeroportos,
  • ações de inteligência e investigações; e
  • operações de polícia judiciária integrada.

 

O estado enfrenta sucessivos quadros de crise na segurança pública nos últimos anos – no último fim de semana, houve toque de recolher e confronto em Anchieta, na Zona Norte da capital, por exemplo.

Fonte: G1