Estudo aponta probabilidade de surgimento de variantes mais nocivas do coronavírus

A partir de análise de mais de 150 pesquisas, especialistas explicam como o vírus tem se adaptado para se manter em circulação entre humanos

Desde o surgimento da variante Ômicron, em novembro de 2021, o novo coronavírus continuou a evoluir, dando origem a muitas linhagens descendentes e recombinantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS), que realiza o monitoramento contínuo das diferentes linhagens, afirmou nesta semana que a diversificação genética da Ômicron indica uma pressão do vírus pela adaptação aos hospedeiros humanos.

Embora países estejam flexibilizando as medidas de prevenção contra a doença, especialistas preveem que novas variantes do coronavírus podem surgir nos próximos meses, driblando a capacidade do sistema imunológico.

É o que aponta um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo(USP), em parceria com o Instituto de Química e o Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo.

A pesquisa, publicada na revista Viruses, faz uma revisão de mais de 150 artigos sobre o SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19. Foram analisados diversos aspectos do vírus, como o potencial de mutação, a capacidade de controle do sistema imune, a transmissibilidade e os impactos para a eficácia das vacinas.