Brasil tem chance de ganhar Oscar pela 1ª vez; relembre ‘quases’ brasileiros na premiação

Foto: Divulgação

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Oficialmente, o Brasil nunca ganhou um Oscar, mas ficou no quase algumas vezes. Tem estatueta que até dá para chamar de brasileira. Mas só com extrema boa vontade. Neste texto, se responde as seguintes perguntas sobre o Brasil no Oscar.

  • Qual o indicado do Brasil no Oscar 2022?
  • Quando o Brasil ficou mais perto de ganhar o Oscar?
  • Quantas vezes o Brasil foi indicado a Melhor Filme Internacional?
  • Quais brasileiros foram indicados em outras categorias?
  • Quais as estatuetas do Oscar são um pouco brasileiras?
  • Qual categoria já teve mais brasileiros indicados?

Qual o indicado do Brasil no Oscar 2022?

“Onde Eu Moro” (assista acima ao trailer) foi indicado como Documentário em Curta Metragem. O cineasta carioca Pedro Kos é o diretor do filme, ao lado do americano Jon Shenk.

O documentário de 40 minutos retrata três anos das vidas de pessoas sem teto em cidades como Los Angeles e San Francisco. “Foi uma jornada de transformação para nossa equipe”, disse Kos ao g1.

“Eles nos ensinaram que há mais coisas que nos unem do que nos separam e, generosamente, compartilharam suas histórias, lembrando-nos de que todos nós merecemos ter um lugar digno de ‘onde morar’”, comentou o diretor brasileiro.

 

“Onde Eu Moro” concorre com “Audible”, “The queen of basketball”, “Três canções para Benazir” e “When we were bullies”. A premiação é no domingo (27).

Quando o Brasil ficou mais perto de ganhar o Oscar?

Brasileiros de filmes oficialmente de outros países, como o diretor de animações Carlos Saldanha e o produtor Rodrigo Teixeira, já foram indicados, mas sequer eram favoritos.

Matematicamente falando, jamais houve melhor possibilidade para ganhar como no caso da música “Real in Rio”, da animação “Rio”, dirigida por Saldanha.

Em 2012, Carlinhos Brown e Sergio Mendes disputaram o Oscar contra um único concorrente. Mas ficaram com o “vice”. Eles perderam para “Man or muppet”, tema de “Os muppets”. Bret McKenzie, do duo Flight of the Conchords, levou o primeiro Oscar da Nova Zelândia.

Em 1999, Fernanda Montenegro foi indicada por “Central do Brasil”, mas perdeu para Gwyneth Paltrow (“Shakespeare Apaixonado”, da produtora Miramax, de Harvey Weinstein).

Hoje, a derrota da brasileira é citada como um dos exemplos de como o produtor usava de sua influência para ditar os rumos da premiação. O longa de Walter Salles também foi indicado a Filme Estrangeiro, mas perdeu para o italiano “A vida é bela”.

Quantas vezes o Brasil já foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional?

Na categoria Melhor Filme Internacional, que antes se chamava Melhor Filme Estrangeiro, o Brasil já teve quatro indicados:

  1. “O pagador de promessas” (1963);
  2. “O quatrilho” (1996);
  3. “O que é isso companheiro?” (1998);
  4. “Central do Brasil” (1999).

Os maiores vencedores são Itália (14), França (12), Espanha (4), Japão (4) e Suécia (3). Na América do Sul, a Argentina tem dois prêmios nesta categoria e o Chile tem um.

Quais brasileiros foram indicados em outras categorias?

Em duas categorias, o Brasil só foi lembrado uma vez:

  • “Uma história de futebol”, de Paulo Machline, foi indicado a Melhor Curta, em 2001;
  • “O menino e o mundo”, de Alê Abreu, perdeu o Oscar de Melhor Animação para “Divertida Mente”, em 2016.

Em 1945, a primeira vez do Brasil no Oscar foi de Ary Barroso (1903-1964). “Rio de Janeiro” entrou na disputa da estatueta de Melhor Canção Original pelo filme “Brazil”, uma produção americana.

Em 2003, “Cidade de Deus” foi ignorado por Hollywood e ficou fora da disputa pelo Oscar de filme estrangeiro.

No ano seguinte, a Academia mudou de opinião e colocou “Cidade de Deus” para concorrer em quatro categorias: diretor (Fernando Meirelles), roteiro adaptado (Bráulio Mantovani), fotografia (César Charlone) e edição (Daniel Rezende).

Quais as estatuetas do Oscar são um pouco brasileiras?

Há estatuetas do Oscar que são indiretamente brasileiras. É o caso do prêmio de Melhor Ator para William Hurt por “O beijo da mulher aranha”, em 1986.

O filme é uma coprodução Brasil e Estados Unidos, dirigida pelo argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco, com elenco cheio de brasileiros. Ele ainda foi lembrado como melhor filme, diretor e roteiro adaptado.

Em 2005, o uruguaio Jorge Drexler ganhou o Oscar de Melhor Canção Original com “El outro lado del rio”. Ela está na trilha de “Diários de motocicleta”, do diretor brasileiro Walter Salles.

“Orfeu Negro” venceu o Oscar de Filme Estrangeiro em 1950, mas foi inscrito pela França. O longa do diretor francês Marcel Camus foi inspirado na peça “Orfeu da Conceição”, de Vinicius de Moraes (1913-1980).

Essa coprodução de França, Itália e Brasil contava a história da paixão do motorista Orfeu por Eurídice, e sua descida do “Olimpo da favela” para o “inferno do asfalto” em busca da amada. Vinicius viu o filme, mas disse não ter gostado muito. Sentiu falta das músicas originais.

Em 1993, Luciana Arrighi ganhou um Oscar de Melhor Direção de Arte por “Retorno a Howards End”, com Anthony Hopkins e Emma Thompson. Quem entra no site oficial da figurinista descobre que ela nasceu no Rio, em 1940.

“Eu tenho a nacionalidade australiana, mas pode dizer que o Oscar que eu ganhei é um pouco brasileiro”, disse Luciana ao g1.

 

Qual categoria já teve mais brasileiros indicados?

Em Melhor Documentário, cinco filmes com brasileiros na direção ou produção já foram lembrados (“El Salvador: Another Vietnam”, “Raoni”, “Lixo extraordinário”, “O Sal da Terra” e “Democracia em Vertigem”).

Mais recente documentário que representou o Brasil, “Democracia em vertigem” mostrava a visão pessoal da diretora Petra Costa sobre o processo de impeachment de Dilma e a crise política no Brasil.

Fonte: G1

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