O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta terça-feira (14) que a política feita com agressividade ou ironia é um “caminho nefasto” que não levará o Brasil a “lugar algum”.
A declaração, feita durante evento sobre em Brasília que debateu os investimentos na internet de quinta geração (5G) no país, ocorre após atos em favor e contra o governo Jair Bolsonaro e depois de ameaças golpistas feitas pelo presidente da República.
“A falta de respeito, a política feita com agressividade ou com ironia é um caminho sem volta e um caminho nefasto que não levará o Brasil a lugar algum”, disse Pacheco.
O presidente do Senado pregou a importância de União entre os poderes da República para enfrentamento dos reais problemas do país.
“Nossos inimigos não estão entre os poderes, não estão nas instituições, tão pouco estão na relação com o público, com o privado. O inimigo é a pobreza, a fome, a miséria, o desemprego, as crises energéticas e hídrica que estamos enfrentando, esse déficit de inclusão digital que tem buscado ser combatido”, explicou.
Pacheco defendeu também a responsabilidade fiscal. “Nós temos que enfrentar a pobreza, implantar um programa social de inclusão dessas pessoas [sem acesso à internet], temos que fazer programas sociais de inclusão no mercado de trabalho, temos que dar acessibilidade ao mundo digital a essas pessoas, mas sempre observada a responsabilidade fiscal que deve nos nortear para que o Brasil tenha ambiente sustentável de crescimento.”
Por fim, o presidente do Senado pediu otimismo aos brasileiros. “O Brasil é muito jovem como país, tem também uma democracia muito recente, muito jovem. É óbvio que tropeços acontecem, que problemas existem, em qualquer país, em qualquer democracia, ainda mais num momento como esse de pandemia, mas não podemos nos render ao negativismo, ao pessimismo, sob pena de aí sim entregarmos os pontos e deixarmos de progredir o Brasil”, afirmou.
Ele criticou o negacionismo durante a pandemia. “Vivemos um momento de muita negação no Brasil, inclusive negação à doença do coronavírus, que acabou demonstrando que era muito mais grave do que se inicialmente se dizia, o negacionismo à doença que antes era uma tese acabou sendo algo muito mal sucedido e uma brincadeira macabra e de mau gosto que acabou gerando muitos problemas no Brasil.”
Fonte: G1