A maioria da população não tem o tabagismo como hábito de vida. Dados inéditos do estudo Vigitel mostram que, em 2019, 9,8% da população entrevistada declarou que ainda é fumante
O número de brasileiros que mantém o hábito de fumar caiu 38% no período de 13 anos. É o que aponta dados inéditos do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Em 2019, 9,8% dos brasileiros afirmaram ter o hábito de fumar, enquanto que, em 2006, ano da primeira edição da pesquisa, esse índice era de 15,6%. A queda reforça a tendência nacional já observada nos anos anteriores. Por outro lado, o Vigitel 2019, divulgado na última semana pelo Ministério da Saúde, mostrou que o consumo abusivo de álcool apresentou alta.
A prevalência de fumantes é menor nas faixas extremas de idade: entre adultos com 18 a 24 anos (7,9%) e adultos com 65 anos e mais (7,8%). A prevalência do hábito de fumar diminui com o aumento da escolaridade, sendo de 6,7% entre aqueles com 12 anos e mais de escolaridade.
Já o consumo abusivo de álcool apresentou alta: em 2006 era de 15,7%, passando para 18,8%, em 2019. É considerado consumo abusivo a ingestão de 5 doses para homens e 4 doses para mulheres em uma única ocasião nos últimos 30 dias anteriores à data da pesquisa.
No ano passado, o consumo de álcool foi maior entre as mulheres mais jovens (23,0% na faixa de 18 a 24 anos) e menor entre as mais velhas (2,1% em adultos com 65 anos ou mais); mulheres mais escolarizadas apresentam a maior prevalência: 18,0% para aquelas que possuem 12 anos ou mais de escolaridade e 5,6% para aquelas com até 8 anos de estudo.
O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde. O objetivo é conhecer a situação de saúde da população para orientar ações e programas que reduzam a ocorrência e a gravidade de doenças, melhorando a saúde da população.