A PEC teve a admissibilidade aprovada por 33 votos a 5, de um total de 38 votos válidos
Proposta de emenda à Constituição que determina que o voto eletrônico seja impresso e depositado em outra urna avançou nesta terça-feira (17) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
De autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), a proposta busca, segundo a parlamentar, aumentar a segurança jurídica do eleitor. Na justificativa, Kicis afirma que a urna eletrônica de votação “tem sido alvo de críticas constantes e bem fundamentadas no que se refere à confiabilidade dos resultados apurados”.
Kicis defende que a impressão do voto é “a solução internacionalmente recomendada para que as votações eletrônicas possam ser auditadas de forma independente, medida que, inexplicavelmente, causa receio à Justiça Eleitoral brasileira”.
O processo de votação, segundo a lei, só será concluído quando o eleitor confirmar a correspondência entre os votos que ele deu e o registro que será exibido na tela da urna eletrônica e depois impresso.
Em junho do ano passado, no entanto, a maioria do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por 8 votos a 2, suspender nas eleições de 2018 a implantação do voto impresso.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já havia definido que a implantação do sistema em urnas eletrônicas teria de ser paulatina. O custo para adaptar 100% das urnas é estimado pelo TSE em quase R$ 2 bilhões.
Pela Constituição, uma lei que altere o processo eleitoral não pode ser aplicada a uma eleição que ocorra até um ano depois que começar a vigorar. Ou seja, se aprovada, a mudança não valeria para o pleito municipal de 2020.
Fonte: Notícias ao Minuto