Clubes de futebol têm vida. São instituições carregadas de tanto simbolismo, capazes de provocar os sentimentos mais primitivos e irrestritos, que falta a eles só criar pernas e sair andando. Logo, clubes de futebol têm alma. E, aos descrentes, sugiro que deem um pulo na Inglaterra. O povo lá jura que um homem, sozinho, trouxe de volta a do Manchester United.
O bandeirão estendido com altivez no Old Trafford há duas semanas dá ideia da idolatria de que Ole Gunnar Solskajer dispõe. Contra o Watford, a “lenda” comandou a equipe pela primeira vez como técnico efetivado, e não mais o tampão do buraco subsequente à saída de José Mourinho em dezembro do ano passado. O United venceu o jogo por 2 a 1, uma doce rotina sob as rédeas do norueguês.
Embora impulsionada pelo presente, a homenagem remete também ao passado: o número 20 (que na bandeira ajuda a compôr o trocadilho com “Ole”) estampou por mais de uma década as costas do atacante que jogou no Manchester United de 1996 a 2007. Na época, o clube era quem dava as cartas na Inglaterra, dividindo com o Arsenal temporada a temporada o posto de time a ser batido. Conquistou a Premier League seis vezes nesse período e ficou com o vice em outras duas, para situá-los.
Além disso, e aí vamos falar sobre um capítulo à parte na biografia de Solskjaer, aconteceu o título da Liga dos Campeões em 1999. Uma das viradas mais improváveis de toda a história da competição.
Fonte: G1.com