Depois de cinco singles e alguma expectativa, o Greta Van Fleet lançou seu álbum de estreia nesta sexta-feira (19). Mas “Anthem of the peaceful army” não parece um disco de 2018.
O quarteto formado na cidade de Frankenmuth, no estado americano de Michigan, tem três irmãos na formação (Josh, Jake e Sam Kiszka) e mais o baterista Danny Wagner. Juntos, eles fazem um som que às vezes parece de banda cover do Led Zeppelin.
Mas é uma aposta válida?

Rock clássico da estreia do Greta Van Fleet está no G1 Ouviu
Para não falar que é igualzinho ao Led, o novo single “Love, Leaver” tem uma guitarrinha ali no começo que tenta ser meio Jimi Hendrix.
No fundo, o Greta Van Fleet é no máximo uma ótima banda para ouvir no bar com cerveja artesanal antes do futebol.
O rock sempre copiou o que veio antes, o próprio Led copiava na cara dura. Mas o fato de uma coisa tão sem originalidade ser aposta passa do limite, é esgotamento demais.
Se eles são a grande aposta da indústria musical para o rock em 2018, a conclusão menos precipitada só pode ser uma: o rock está ferrado.
E agora, quem poderá nos defender?
Não parece ser por acaso que o rap e o R&B tenham passado o rock como principal estilo musical nos Estados Unidos.
A constatação veio a partir de reletório da empresa Nielsen sobre o consumo de música em 2017. Dos oito discos do top 10 americano, sete foram dos dois gêneros mais populares.
Bruno Mars, Kendrick Lamar e Drake ajudaram nessa virada. Hoje, a banda de rock que mais tenta recuperar terreno para o estilo não é o Greta Van Fleet: é o Imagine Dragons.
Ela já mostrou sua força enchendo shows em três vindas ao Brasil, tocando um rock de estádio com um pouco do que faz sucesso em cada estilo: o refrão meio U2, a batida e o flow do hip hop e a letra de uma música sobre superação de uma Adele da vida.
Fonte: G1