Sete supostos integrantes do PCC são presos em Fortaleza

Sete suspeitos, autointitulados membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foram presos em uma ação da Polícia Militar nesta terça-feira (7), no bairro Cidade 2000, em Fortaleza.
De acordo com informações disponibilizadas pelo delegado Hélio Marques, titular do 15º Distrito Policial, a polícia chegou até o grupo através de denúncias anônimas e por indícios levantados em investigação sobre o assassinato de um homem não identificado na comunidade do “Pau Fininho”, na última sexta-feira (3).
Segundo os depoimentos dos suspeitos, que confessaram a prática do crime, a execução da vítima teria sido uma “auto-defesa”, pois membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV), a qual a vítima supostamente pertencia, estariam ameaçando familiares dos suspeitos. Contudo, a polícia acredita que o assassinato teria sido um “acerto de contas” entre as duas facções rivais.
Prisão
Após serem localizados pelos policias, na comunidade dos Barreiros, os suspeitos fugiram e se esconderam em uma mata de difícil acesso para as autoridades. Os policiais se dividiram em dois grupos no intuito de formar o cerco e capturar os acusados. Contudo, os suspeitos visualizaram a movimentação da polícia e realizaram disparos contra as autoridades. Ninguém foi ferido durante a operação. Após tentarem fugir novamente, por outra rota, os suspeitos foram capturados.
Adriano de Souza Lima, Sebastião Vitor Alves de Lima, Jackson Miranda Lima, Breno Oliveira Muniz, Flairton Oliveira, Gleidson Almeida Barbosa e um adolescente, que teve a identidade preservada, foram presos em flagrante. Todos os maiores de idade já possuíam antecedentes criminais e responderão por formação de quadrilha e tráfico de drogas.
No total, também foram apreendidas três armas, sendo elas uma espingarda calibre 12, duas pistolas, 100g de maconha, 135g de cocaína, munições, uma balança de precisão e aparelhos celulares.
Ordens
Além do homicídio realizado na sexta, há informações que o bando estava ameaçando assassinar moradores da Cidade 2000 e se articulando para realizar ataques a outros integrantes do CV nas próximas semanas.
Segundo o delegado Hélio Marques, os suspeitos recebiam ordens de dois presidiários, atualmente detidos em unidades da Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL). A função da dupla seria determinar os assassinatos e os roubos que deveriam ser feitos, motivados por brigas de domínio de territórios para o tráfico de drogas. O grupo já era bastante conhecido no bairro por realizarem roubos de automóveis e outros pequenos delitos.

Diario do Nordeste