O Senado instalou nesta sexta-feira (11) uma comissão de juristas destinada a atualizar a lei do impeachment, sancionada em 1950 pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra.
O colegiado, composto por 11 integrantes, será presidido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski. Ele comandou, em 2016, a sessão de julgamento do Senado que determinou o impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
Durante a sessão, o advogado e ex-presidente da OAB Nacional Marcus Vinicius Furtado Coêlho foi designado vice-presidente do colegiado. A relatoria ficará com Fabiane Pereira de Oliveira, que já foi secretária-geral da Presidência do Supremo.
O grupo também contará com a participação de advogados e representantes do Tribunal de Contas da União, do Ministério Público e do Superior Tribunal de Justiça (confira abaixo quem são os integrantes).
A lei do impeachment define os crimes de responsabilidade e regula o processo de julgamento da autoridade que incorrer nessas práticas. Além do presidente da República, podem ser enquadrados ministros de Estado, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o procurador-geral da República.
Quem incorrer nesses crimes pode ser penalizado com a perda do mandato e também fica impedido de exercer qualquer função pública até o máximo de cinco anos. Pelas regras atuais, as penas contra essas autoridades são impostas pelo Senado.
Em vigor há 72 anos, a lei foi aplicada nos processos contra os ex-presidentes Fernando Collor e Dilma Rousseff.
A comissão funcionará em formato híbrido e, conforme proposta do ministro Lewandowski, deve ter reuniões virtuais a cada 15 dias e presenciais uma vez por mês.
Ao fim do prazo de 180 dias, o grupo deve apresentar um “anteprojeto de lei”, que se torna um projeto formal se for protocolado por um senador. Na sequência, o texto tramita no Senado e na Câmara. Se aprovada, a proposta segue para sanção do presidente da República.
Fonte: G1