Traficante foi apontado como mandante de milhares de assassinatos, acumulou riqueza bilionária, além de entregar centenas de casas a moradores de Medellín
Toneladas de cocaína exportadas aos Estados Unidos e rios de sangue na Colômbia. Veja a seguir os números das atividades criminosas do chefe do tráfico Pablo Escobar que seguem vigentes 25 anos depois de sua morte.
Mortos
Não existe um dado oficial dos assassinatos atribuídos ao chefe do Cartel de Medellín, que incluem policiais, jornalistas, juízes e candidatos à presidência.
Seu filho, Sebastián Marroquín, estima em 3.000 os homicídios mandados por seu pai. Fontes policiais citadas pela revista Semana calculam em 5.500. Mas este número pode ser maior.
A prefeitura de Medellín diz que entre 1983 e 1994, durante o auge do Cartel, houve 46.612 mortes violentas fruto do “narcoterrorismo”, que inclui pessoas ligadas a Escobar e outras organizações criminosas.
Riqueza
Escobar apareceu durante seis anos consecutivos (1987-1993) na lista dos homens mais ricos do mundo da Forbes.
Em sua primeira aparição, a publicação calculava que seu fluxo de caixa alcançava os três bilhões de dólares da época, e seu patrimônio líquido chegava a mais de dois bilhões. A sua fortuna, então, era equivalente ao PIB anual atual de países como Serra Leoa ou Suriname.
No momento de sua morte, quando as autoridades ofereciam 11 milhões de dólares por sua cabeça, seu patrimônio líquido rondava um bilhão de dólares, entre mansões, obras de arte, um zoológico e automóveis.
Boa parte de sua fortuna foi entregue pelos Escobar aos seus inimigos em troca de suas vidas.
Destino
O princípio e o fim do chefe do tráfico – católico e esotérico- esteve marcado pelo mesmo mês: dezembro.
Nasceu em 1º de dezembro de 1949 em Rionegro, próximo a Medellín; morreu em 2 de dezembro de 1993 na capital de Antioquia, e foi sepultado em 3 de dezembro na cidade que converteu em seu espaço de operações, em um enterro que contou com a presença de milhares de seguidores.