O ator e compositor carioca Mário Lago (1911 – 2002) completaria 107 anos na próxima segunda-feira, 26 de novembro.
O conterrâneo Ricardo Vilas aproveitará o fato de estar fazendo na data o registro audiovisual do show Canto de liberdadepara saudar o artista com a gravação da música que fez a partir do poema de Lago, Que versos posso fazer? (1972), e que incluiu no repertório do álbum também intitulado Canto de liberdade e lançado em meados deste ano de 2018.
Com roteiro baseado no repertório do disco, o show será gravado na cidade do Rio de Janeiro (RJ), no Teatro Maison de France, em palco de significado especial para Vilas. Não somente por ter gravado em 2008 o DVD 40 anos de MPB nesse mesmo teatro, mas sobretudo pelo Maison de France estar obviamente associado à França, país no qual Vilas se refugiou após ter sido libertado em ação de militantes de esquerda, em setembro de 1969, em troca da soltura do diplomata e embaixador norte-americano Charles Elbrick (1908 – 1983).
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Capa do álbum ‘Canto de liberdade’, de Ricardo Vilas — Foto: Divulgação
Exilado na França por cerca de 40 anos, Vilas também é ativista político e traduz essa ideologia na escolha das músicas que compõem o repertório do disco e show Canto de liberdade.
No roteiro do show, o artista extrapola o repertório do álbum, dando voz às músicas Disparada (Theo de Barros e Geraldo Vandré, 1966) e Alegria alegria (Caetano Veloso, 1967).
Do disco, o artista ecoa Marcha da quarta-feira de cinzas (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1962) em dueto com Nilze Carvalho, convidada da gravação ao vivo.
Parceiro de Vilas na música-título Canto de liberdade, Marquinhos de Oswaldo Cruz também entrará em cena na gravação para cantar o samba com o anfitrião porque, no entanto, é preciso cantar.
Tomil Gonçalves assina a direção cênica do show que será captado para edição em DVD.
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— Foto: Editoria de Arte / G1