Em 11 de setembro, exatamente 15 dias antes de sair de cena aos 89 anos, Tito Madi (1929 – 2018) ouviu e avalizou o disco em que Nana Caymmi dá voz a músicas do repertório refinado do cantor, compositor e pianista paulista.
Dois dias depois de ouvir e aprovar o álbum, Madi foi internado e somente deixou o hospital em 26 de setembro para ser velado e enterrado.
Por mais que já fosse avançada a idade do artista, o desfecho triste parecia improvável na tarde de 11 de setembro, quando Madi foi apresentado ao disco – já com as bases e as vozes definitivas – pelo produtor musical José Milton, piloto deste primeiro álbum solo de estúdio gravado pela cantora carioca em nove anos.
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Tito Madi ouviu em 11 de setembro o disco em que Nana Caymmi canta músicas como a valsa ‘Chove lá fora’ — Foto: Reprodução / Capa de disco
Embora o álbum já esteja inteiramente gravado, ainda falta mixar as faixas. Por isso, o lançamento do disco – antes cogitado informalmente para este segundo semestre de 2018 – foi programado pela gravadora Biscoito Fino para o início de 2019, ano em que completará uma década da edição do último álbum solo de estúdio de Nana, Sem poupar coração (2009).
Produzido por José Milton com arranjos de Dori Caymmi e de Cristóvão Bastos, pianista recorrente nas fichas técnicas dos discos de Nana, o álbum traz músicas como o samba-canção Cansei de ilusões (1956), a valsa Chove lá fora (1957) e Balanço zona sul (1963), sucessos de um compositor moderno que soube depurar o drama da canção romântica brasileira.
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— Foto: Editoria de Arte / G1









