O Pix registrou um novo recorde na última sexta-feira (28), dia de Black Friday, ao atingir 297,4 milhões de transações em apenas 24 horas, segundo dados divulgados pelo Banco Central. O volume supera a marca anterior, de 290 milhões, e reflete o impacto combinado das promoções do varejo e do pagamento da primeira parcela do 13º salário. No total, foram movimentados R$ 166,2 bilhões, consolidando o sistema como peça central da economia digital brasileira.
O Banco Central destacou que o desempenho reforça a importância do Pix como infraestrutura pública segura e eficiente. Em apenas cinco anos de existência, o meio de pagamento se tornou o mais utilizado do país: 76,4% da população já adotou o Pix, segundo pesquisa do próprio BC, e ele responde por mais de metade das transações financeiras realizadas no Brasil no primeiro semestre deste ano. A popularização acelerada também fomentou novas formas de cobrança, uso massivo de QR Codes e modelos inovadores de negócio no varejo físico e digital.
Com o crescimento, porém, aumentam também as tentativas de golpe e fraudes. Especialistas explicam que o Judiciário tende a responsabilizar bancos e instituições de pagamento quando há falha de segurança ou transações claramente atípicas, embora já existam decisões que excluem a responsabilidade em casos de culpa exclusiva do consumidor.
Paralelamente, o arcabouço regulatório segue em evolução, com reforço dos mecanismos de prevenção, monitoramento e devolução de valores.
Apesar da popularidade, o Pix ainda não opera de forma internacional, embora o Banco Central já estude modelos de integração futura. Segundo analistas, um eventual “Pix internacional” deve avançar de forma gradual, exigindo harmonização de regras de câmbio, proteção de dados e combate à lavagem de dinheiro entre diferentes países, mas, por ora, permanece como projeto em desenvolvimento.
Agência News Cariri









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