Jangledson de Oliveira, de 37 anos, conhecido como “Nem da Gerusa”, foi preso nesta quinta-feira (13) na cidade de Guayaramerín, na Bolívia, durante uma ação conjunta da Polícia Civil do Ceará e forças de segurança bolivianas. Considerado um dos criminosos mais procurados do estado, ele tinha nove mandados de prisão em aberto e acumulava uma longa ficha criminal.

A operação foi conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), com apoio de setores de inteligência da Secretaria da Segurança Pública do Ceará, da Polícia Civil cearense e das polícias de Rondônia e da Bolívia.

Segundo a SSPDS, “Nem da Gerusa” respondia por homicídios, roubos, associação criminosa, crimes de trânsito e participação em facções. Ele é suspeito de envolvimento em pelo menos dez assassinatos nas cidades de Maracanaú, Eusébio, Itarema e Aquiraz.

O criminoso já havia integrado diferentes organizações criminosas e, recentemente, atuava em um grupo de origem carioca. As investigações apontam que ele fugiu para a Bolívia para facilitar o tráfico internacional de drogas e abastecer o Ceará. Antes disso, passou pela Venezuela e se escondeu em comunidades do Rio de Janeiro, de onde continuou ordenando crimes no estado.

“Nem da Gerusa” também é foragido do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte. Em 2016, participou da fuga de mais de 45 detentos de um presídio em Natal. No ano seguinte, é apontado como autor do assassinato do ex-sogro, um subtenente aposentado do Corpo de Bombeiros do Ceará.

Ele ainda é investigado pelo brutal homicídio de um casal no Eusébio, em 2020. As vítimas, Sheldon Luiz de Castro Ângelo e Leidiane de Sousa Vieira, teriam sido mortas após perder um carregamento de drogas. Segundo as apurações, o casal passou por um “tribunal do crime” antes de ser assassinado.

A prisão ocorreu próximo à fronteira com Guajará-Mirim (RO). Jangledson agora deve ser extraditado para o Brasil, onde responderá às ações penais em andamento.

Agência News Cariri