Em um mês, 501 suspeitos de violência contra a mulher são presos no Ceará

Além das prisões e palestras de conscientização sobre combate a violência doméstica foram realizadas a fiscalização de medidas protetivas de urgência e coleta de DNA de alvos da operação

A Operação “Shamar”, de combate à violência contra a mulher, contabilizou 501 prisões de autores de feminicídio, violência doméstica, ameaça, estupro, estupro de vulnerável, descumprimento de medidas protetivas, importunação sexual, entre outros crimes. A ofensiva ocorreu entre os dias 1º de agosto a 4 de setembro. No período, foram realizadas 501 capturas, resultando no aumento de 52% este ano. Em 2024, foram registradas 330 capturas no Ceará durante a ofensiva. Os dados foram compilados pela Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol) da SSPDS. As informações foram repassadas, nesta segunda-feira (8), em coletiva de imprensa, na sede da SSPDS, no Cisp.

A atuação ininterrupta das Forças de Segurança do Ceará durante a Operação Shamar, culminou em 402 envolvidos em crimes contra a mulher presos em flagrante e 99 mandados de prisão cumpridos em todo o estado. Durante as ofensivas, palestras de conscientização sobre combate a violência doméstica foram realizadas, além de fiscalização de medidas protetivas de urgência. Ao todo, 50 armas e 200 munições foram apreendidas.

A Operação Shamar foi coordenada, em âmbito nacional, pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). No Ceará, as ações foram desenvolvidas pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), por meio da Coordenadoria de Planejamento Operacional (Copol), e contou apoio da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e da Polícia Militar do Ceará (PMCE).

Capturas

Os alvos foram investigados por crimes de violência doméstica, feminicídio, ameaça, estupro, estupro de vulnerável, descumprimento de medidas protetivas, importunação sexual, entre outros. Mais de 110 municípios receberam as ações ostensivas e preventivas das Forças de Segurança do Ceará. Na Capital, os alvos foram localizados nos bairros Meireles, na Área Integrada de Segurança Pública 1 (AIS 1), Lagoa Redonda, Messejana e Barroso (AIS 3), Ellery (AIS 4), Genibaú (AIS 6), Cidades dos Funcionários e Edson Queiroz (AIS 7), Barra do Ceará e Pirambu (AIS 8) e Praia do Futuro (AIS 10).

Ações educativas e preventivas 

Equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar realizaram palestras de conscientização sobre o tema com o intuito de incentivar denúncias e promover o esclarecimento sobre os tipos de violência contra a mulher. Os debates aconteceram em Fortaleza, na Região Metropolitana e nos interiores Norte e Sul do estado. As ações tiveram o apoio das Delegacias de Defesa da Mulher da Capital, da Região Metropolitana de Fortaleza, Interior Norte e Sul, dos Departamentos de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV), de Polícia do Interior Norte e Sul, das Delegacias Distritais, Metropolitanas, Municipais e Regionais. Cerca de 100 mil pessoas foram alcançadas por meio de ações de panfletagem, palestras e ações em mídia digital. Já o acompanhamento das vítimas de violência doméstica foi intensificado por equipes da Polícia Militar do Ceará (PMCE), que também fiscalizaram o cumprimento de medidas protetivas de urgência.

Apreensão de armas e munições

Durante as ofensivas, as Forças de Segurança do Ceará apreenderam 200 munições e 50 armas, sendo estas:16 armas brancas, 13 revólveres, nove espingardas, sete armas artesanais, três pistolas, uma metralhadora e um fuzil.

Como parte das ações da Operação “Shamar”, a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) realizou a coleta de 596 alvos em unidades prisionais no Cariri, localizado na Região Sul do estado.

Denúncias 

A população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As informações podem ser direcionadas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, pelo qual podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia ou ainda via “e-denúncia”, o site do serviço 181, por meio do endereço eletrônico.


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