Um bilhete colocado dentro de uma mamadeira foi o estopim para denúncias de supostos maus-tratos em uma creche particular no bairro Solo Sagrado, em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. A mensagem teria sido deixada por uma ex-funcionária da unidade para alertar a mãe de uma criança de dois anos, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 2, sobre situações preocupantes envolvendo o cuidado do menino.

A mãe só tomou conhecimento do conteúdo após ser procurada pela ex-funcionária pelas redes sociais, já que o bilhete não foi percebido inicialmente. Segundo o relato, fotos e vídeos enviados mostram a criança sozinha em uma sala, visivelmente suada e em condições que indicariam falta de cuidados básicos. A ex-colaboradora também teria relatado que o menino era mantido isolado e em ambiente sem refrigeração adequada.

Ainda conforme as denúncias, a creche apresentaria problemas estruturais e de higiene, como armazenamento inadequado de alimentos, uso de colchões velhos e sujos e bebês dormindo no chão. A mãe afirmou que passou a desconfiar da situação após notar mudanças bruscas no comportamento do filho, que passou a apresentar agressividade incomum, mesmo estando em acompanhamento médico.

Além desse caso, outras três mães procuraram a delegacia no sábado (13) para registrar denúncias semelhantes envolvendo a mesma instituição. As ocorrências estão sendo apuradas pelas autoridades policiais, que devem ouvir as partes envolvidas e analisar o material apresentado.

Em nota, a direção da creche negou as acusações e afirmou que não houve qualquer prática de maus-tratos, classificando as denúncias como infundadas. A instituição declarou que permanece à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos enquanto o caso segue sob investigação.

Agência News Cariri