Motorista diz à polícia que quebrou para-brisa com pedra achada no Rodoanel e montou falsa bomba com itens da cabine

O motorista de carreta Dener Laurito dos Santos, de 52 anos, que informou ter sido amarrado a explosivos na cabine do caminhão no Rodoanel Mário Covas, na Grande São Paulo, afirmou à polícia nesta quarta-feira (19) que tudo não passou de uma simulação. Ele confessou ter arremessado a pedra que quebrou o para-brisa do caminhão e que a falsa bomba encontrada na cabine foi feita com fio de fone, fita crepe, papel-alumínio, água e um tubo de gás que usava para cozinhar.

O Rodoanel é um importante anel viário que contorna o entorno da capital paulista e passa por cidades da Grande SP conectando algumas das principais rodovias de São Paulo, como Imigrantes e Anchieta (que levam ao litoral do estado e ao porto de Santos), Régis Bittencourt (que vai no sentido Curitiba), Dutra (que leva ao Rio de Janeiro), Bandeirantes, Anhanguera e Castelo Branco (em direção ao interior paulista), e Fernão Dias (que segue no sentido Minas e está parcialmente conectada ao anel viário).

Segundo o depoimento prestado na Delegacia Seccional de Taboão da Serra, Dener disse que trabalha como motorista há mais de 20 anos. Ele contou que, na noite anterior do caso, enquanto pernoitava em um posto na Rodovia dos Bandeirantes, montou o artefato falso com materiais que tinha na cabine.

Na manhã seguinte, seguiu viagem e, ao começar a passar mal, parou o caminhão no km 32. Ele desceu da cabine, encontrou uma pedra, que reconheceu como a apreendida pela polícia (veja abaixo), e a arremessou contra o para-brisa. Depois, andou poucos metros, ligou para um conhecido e comunicou falsamente que havia sido roubado.

Dener relatou que, com o caminhão parado, deu continuidade ao plano, amarrando as próprias mãos para simular ter sido rendido. Disse que desmaiou por conta do estresse e só recobrou a consciência quando outros motoristas entraram na cabine para socorrê-lo.

Já na ambulância, soube que o veículo havia sido rebocado e entrou em estado de choque, recuperando-se apenas no hospital, onde foi atendido pelo Gate.

No depoimento, afirmou ainda que não usa drogas nem medicamentos controlados e que a pressão teria baixado devido às condições emocionais. Disse que não teve ajuda de ninguém, que a escolha do local foi aleatória e que não mediu as consequências do que fez.

Fonte: G1


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verificação para Humanos