O cantor e compositor Lô Borges, um dos nomes mais importantes da música brasileira e cofundador do Clube da Esquina, morreu neste domingo (2), aos 73 anos, em Belo Horizonte (MG). A informação foi confirmada pela família e pelo Hospital Unimed-BH, onde o artista estava internado desde o dia 17 de outubro, tratando um quadro de intoxicação medicamentosa. Segundo o boletim médico, a morte ocorreu às 20h50, em decorrência de falência múltipla de órgãos.

Durante a internação, Lô precisou de ventilação mecânica e passou por uma traqueostomia no dia 25 de outubro. O hospital lamentou profundamente a perda e se solidarizou com familiares, amigos e fãs, destacando a relevância do artista para a música e a cultura nacional. Nas redes sociais, artistas e admiradores prestaram homenagens, relembrando a trajetória e o legado do músico mineiro.

Nascido Salomão Borges Filho, em Belo Horizonte, Lô começou a tocar ainda na infância e ficou conhecido por sua parceria com Milton Nascimento, com quem fundou o Clube da Esquina nos anos 1970. O movimento, formado também por artistas como Beto Guedes e Toninho Horta, revolucionou a MPB ao misturar rock, música regional, jazz e poesia mineira, dando origem a um dos álbuns mais aclamados da história da música brasileira.

Entre os sucessos que marcaram sua carreira estão “O Trem Azul”, “Paisagem da Janela” e “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, canções que se tornaram símbolos da geração e continuam influenciando músicos até hoje. Ao longo da vida, Lô Borges lançou diversos discos e manteve uma produção constante, incluindo o álbum “Céu de Giz”, lançado em 2025 em parceria com Zeca Baleiro, reafirmando sua criatividade e importância para a música brasileira.

Matheus Moreira/ News Cariri