A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (18), o chamado Projeto Antifacção, que estabelece um novo conjunto de medidas para o combate ao crime organizado no país. O texto-base passou por 370 votos a 110 e agora segue para análise do Senado.
Enviado pelo governo federal, o projeto endurece penas, cria novos crimes, reforça os mecanismos de investigação e prevê regras especiais para líderes de organizações criminosas. A relatoria ficou com o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), escolha que gerou atrito entre o Planalto e a Câmara durante a tramitação.
O pacote inclui punições mais severas para crimes cometidos por organizações violentas, além de ampliar o uso de monitoramentos, quebras de sigilo e audiências por videoconferência. O governo, porém, criticou trechos que podem reduzir recursos federais provenientes do confisco de bens e tentou alterar parte da redação, em sucesso.
Se aprovado no Senado, o projeto ainda dependerá da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para entrar em vigor.
Pontos-chave do Projeto Antifacção
Endurecimento de penas
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Penas de 20 a 40 anos para crimes ligados a organizações ultraviolentas.
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Novos crimes: novo cangaço, domínio territorial, uso de explosivos, drones e ataques à infraestrutura.
Progressão de pena mais rígida
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Exigência de 70% a 85% da pena cumprida, dependendo da gravidade e reincidência.
Líderes de facções em presídios federais
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Obrigatoriedade de cumprimento de pena em unidades de segurança máxima.
Ampliação da investigação
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Monitoramento audiovisual de parlatórios (em casos excepcionais e com ordem judicial).
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Mais possibilidades de buscas, quebras de sigilo e operações encobertas.
Confisco e bloqueio de bens
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Bloqueio imediato de contas e criptoativos.
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Alienação antecipada e intervenção judicial em empresas de fachada.
Divergências com o governo
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Planalto teme perda de recursos federais após mudança na divisão de valores confiscados.
Se quiser, posso adaptar o texto para TV, rádio, vídeo curto ou redes sociais.
Agência News Cariri










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