O Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano pela terceira reunião consecutiva. A medida já era esperada pelo mercado financeiro e mantém a taxa no maior patamar desde 2006. Segundo o Comitê de Política Monetária (Copom), o cenário econômico ainda exige cautela, principalmente diante da inflação acima da meta.
No comunicado, o BC afirmou que o ambiente externo continua incerto, especialmente devido às políticas econômicas dos Estados Unidos, o que afeta as condições financeiras globais. No Brasil, mesmo com a desaceleração da economia, a inflação permanece elevada, o que justifica a manutenção dos juros altos por mais tempo.
O Copom informou que pode voltar a elevar a Selic caso considere necessário. Desde setembro de 2024, o Banco Central vem aumentando a taxa para tentar controlar a inflação, que acumulou alta de 5,17% em 12 meses até setembro, acima do limite superior da meta de 4,5%.
Apesar disso, alguns indicadores recentes mostram desaceleração de preços, especialmente no setor de alimentos, o que trouxe alívio parcial no IPCA-15 de outubro. Ainda assim, o BC afirma que a política de juros precisa ser mantida para garantir que a inflação volte ao centro da meta de 3% ao ano.
Juros altos tornam o crédito mais caro e reduzem o consumo, o que, em teoria, ajudaria a conter a inflação. Porém, esse mecanismo também limita o crescimento econômico, o que para muitos especialistas pode desacelerar a econômia. As projeções atuais do Banco Central indicam expansão de 2% do PIB em 2025, enquanto o mercado está um pouco mais otimista, estimando crescimento de 2,16% no mesmo período.
Matheus Moreira/ News Cariri









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