Dezesseis trabalhadores naturais do Piauí e Maranhão foram resgatados de uma situação de trabalho análogo à escravidão em uma obra no município de Pacatuba, Região Metropolitana de Fortaleza. A ação, realizada na semana passada e divulgada nesta segunda-feira (27), foi conduzida pela Superintendência Regional do Trabalho no Ceará (SRT), com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal (PF).
Os fiscais constataram que os trabalhadores viviam em alojamentos precários, sem acesso à água potável, e atuavam sem equipamentos de segurança, o que resultou em um acidente de trabalho. Também foram identificados descontos indevidos nos salários. Diante das irregularidades, a obra foi embargada e a empresa obrigada a pagar os valores devidos aos empregados, que retornaram aos seus estados de origem.
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Segundo o relatório da inspeção, os trabalhadores relataram jornadas exaustivas e ausência de registro formal, sem qualquer contrato ou vínculo empregatício reconhecido. Muitos deles haviam sido aliciados com promessas de boas condições de trabalho e moradia, mas, ao chegarem ao local, encontraram um cenário de precariedade e dependência total do empregador para alimentação e transporte.
Denúncias de trabalho escravo podem ser feitas de forma anônima pelo Sistema Ipê, plataforma online do governo federal, onde é possível relatar casos e fornecer informações que auxiliem na fiscalização.
Matheus Moreira/ News Cariri










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