A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, afirmou nesta quinta-feira (16) que sua posição sobre a necessidade de mais mulheres na Suprema Corte é amplamente conhecida, mas evitou fazer um pedido direto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a escolha do substituto do ministro Luís Roberto Barroso, que se aposenta antecipadamente neste sábado (18).
Durante o evento “Sempre Um Papo”, no Sesc Pinheiros, em São Paulo, a ministra disse que não considera apropriado que um magistrado faça solicitações a representantes de outros Poderes.
“Eu não posso me manifestar por uma coisa que é da minha casa. Se eu fizer um pedido dirigido ao presidente da República, amanhã ele pode pedir alguma coisa à juíza”, afirmou.
“Todos sabem a minha posição sobre a questão das mulheres [no STF], mas não [falo] em específico. Juiz não pede porque não pode receber, na minha compreensão”, completou.
A fala de Cármen Lúcia foi uma resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de a nova vaga no STF ser ocupada por uma mulher, tema que tem ganhado força entre juristas e setores da sociedade civil desde a saída anunciada de Barroso.
A aposentadoria antecipada do ministro foi publicada na última quarta-feira (15) no Diário Oficial da União. Com isso, caberá ao presidente Lula indicar o novo integrante da Corte, cuja escolha precisa ser aprovada pelo Senado Federal.
Atualmente, Cármen Lúcia é a única mulher entre os 11 ministros do STF, o que tem gerado apelos públicos para que o Palácio do Planalto indique uma nova ministra, em nome da representatividade feminina no Judiciário.
Texto : News Cariri
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