Mensagens trocadas em um grupo de WhatsApp de deputados federais do PDT revelam críticas internas à saída de Ciro Gomes do partido e à sua recente filiação ao PSDB. Segundo os parlamentares, a desfiliação de Ciro reflete o desgaste político dentro da legenda e uma tentativa de reposicionamento estratégico de olho nas eleições de 2026, quando ele deve disputar novamente o Governo do Ceará.
As mensagens circularam em um grupo intitulado “Bancada PDT Câmara”, formado por deputados federais do partido. Durante a troca de mensagens, o deputado Pompeo de Mattos (RS) afirmou que a saída de Ciro ocorreu “sem deixar saudades”, enquanto Josenildo (AP) respondeu que, para ele, o ex-ministro “já foi tarde”. O tom das mensagens evoluiu de comentários irônicos para análises políticas sobre os rumos do pedetismo após a saída de seu principal nome.
As conversas, divulgadas pela coluna de Paulo Capelli, do Metrópoles, mostram que parte da bancada recebeu a decisão do ex-ministro com ironia e descontentamento.
Integrantes do partido afirmaram que a saída do ex-presidenciável teria sido motivada pela perda de espaço interno e pela aproximação com setores bolsonaristas após o rompimento político no Ceará, durante as eleições municipais de 2024. Na ocasião, o candidato apoiado por Ciro, José Sarto, não chegou ao segundo turno, e parte dos aliados do pedetista apoiou o bolsonarista André Fernandes (PL), derrotado por Evandro Leitão (PT).
Além das conversas internas, outros pedetistas também se manifestaram publicamente. Nas redes sociais, a deputada Duda Salabert (MG) publicou uma mensagem simbólica celebrando a saída do ex-ministro.
Matheus Moreira/ News Cariri










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