A deputada federal ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), está entre os 15 brasileiros detidos pela Marinha israelense nesta quarta-feira (1º), durante a interceptação da flotilha Global Sumud, que levava ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza. O governo brasileiro classificou a prisão como arbitrária e exigiu a libertação imediata dos ativistas.

Luizianne, ex-prefeita de Fortaleza e atualmente em seu terceiro mandato como deputada federal, participava da missão ao lado de centenas de voluntários de diferentes países. O grupo saiu da Espanha e da Turquia no início de setembro para entregar alimentos e medicamentos à população palestina.

Segundo autoridades israelenses, cerca de 500 pessoas foram levadas para uma prisão no sul de Israel e devem ser deportadas nos próximos dias. O Itamaraty ressaltou que cabe a Israel garantir a segurança e a integridade física de todos enquanto permanecerem sob custódia.

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), divulgou nota em solidariedade à parlamentar, lembrando sua trajetória política e manifestando preocupação com a situação. Ele disse ter acionado o governo federal para assegurar o apoio necessário.

O Ministério das Relações Exteriores reforçou que operações de caráter humanitário não podem ser tratadas como ilícitas e defendeu o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais. Para a chancelaria brasileira, a interceptação da flotilha representa violação do direito internacional humanitário.

Israel afirmou que os barcos foram levados ao porto de Ashdod e que todos os ativistas estão em segurança. O governo local sustenta que o bloqueio marítimo é necessário para impedir o contrabando de armas para o Hamas, alegação contestada pelos organizadores da missão.

Texto: Matheus Moreira/ News Cariri