O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes pediu, nesta sexta-feira (17), sua desfiliação do PDT, partido ao qual era filiado desde 2015. A decisão encerra um ciclo de quase uma década e ocorre em meio a divergências internas sobre o posicionamento da sigla em relação ao PT. Ciro vinha criticando o apoio pedetista aos governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Elmano de Freitas, em contraste com seu grupo político, que defende uma postura de oposição.

Fontes próximas ao ex-ministro confirmam que ele ainda não definiu seu futuro político, mas avalia convites de outras legendas, como PSDB, PP e União Brasil. A fortes indícios de que Ciro deve anunciar filiação ao PSDB na próxima quarta-feira (22), o mesmo partido pelo qual foi eleito governador do Ceará em 1990.

Nos bastidores, aliados cogitam que Ciro possa disputar novamente o governo do Estado em 2026, enfrentando o atual governador Elmano de Freitas (PT). Há também quem não descarte uma nova candidatura presidencial, apesar do desempenho abaixo do esperado nas últimas eleições.

A saída de Ciro do PDT ocorre após um racha interno no partido, dividido entre os que apoiam o PT e os que se aproximam de políticos bolsonaristas. Questionados sobre o pedido de desfiliação, o presidente estadual do PDT, André Figueiredo, afirmou não ter recebido o documento, enquanto o presidente nacional, Carlos Lupi, disse desconhecer o caso.

Texto: Matheus Moreira/ News Cariri