A Prefeitura de Juazeiro do Norte, por meio de uma parceria entre o Núcleo de Educação para Promoção da Igualdade Racial (NEPIR) da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) e a Secretaria Municipal de Cultura (SECULT), irá lançar,no próximo dia 26 de junho no Marco Jussier da SECULT, o Mapa Cultural. A ação é uma iniciativa pioneira voltada para a valorização, reconhecimento e fortalecimento das comunidades de terreiro no município.
A ferramenta, que visa mapear e registrar os terreiros, seus líderes, espaços sagrados, rituais, manifestações culturais e projetos, representa um passo importante para dar visibilidade a essas comunidades. O mapeamento torna possível identificar as práticas culturais e religiosas que compõem o extenso tecido da ancestralidade afro-brasileira, posicionando os terreiros como espaços legítimos de saber, fé e cultura.
Para a gestão municipal, o Mapa Cultural é também uma estratégia de combate à intolerância religiosa. Ao documentar e difundir a riqueza das tradições afrodescendentes, a plataforma ajuda a desconstruir preconceitos históricos, promovendo respeito e diversidade.
Além do reconhecimento simbólico, o Mapa Cultural tem impacto direto no acesso a políticas públicas. Através dos dados coletados, o município poderá planejar com mais eficiência ações voltadas às necessidades específicas dessas comunidades, como acesso à saúde, educação, infraestrutura e programas de fomento à cultura. A inserção nos cadastros oficiais também facilita a participação em editais e chamadas públicas, garantindo recursos e apoio institucional para o desenvolvimento de projetos.
Outro benefício é a expansão das redes de contatos entre terreiros e agentes culturais, fomentando o intercâmbio de experiências e a construção de iniciativas colaborativas com instituições públicas e privadas. Essa integração amplia a capacidade de mobilizar e defender os direitos territoriais e culturais das comunidades tradicionais.
O Mapa Cultural de Juazeiro do Norte trata-se de uma ferramenta de empoderamento que registra, protege e promove os saberes ancestrais, contribuindo para uma sociedade mais justa, plural e inclusiva.
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