O Governo do Ceará se reuniu, na manhã desta quarta-feira (25), com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Fortaleza, para alinhar os preparativos da 3ª Conferência Internacional sobre Clima e Desenvolvimento em Regiões Áridas, Semiáridas e Subúmidas Secas (ICID III). O evento será realizado de 15 a 19 de setembro e funcionará como etapa preparatória para a COP30, que ocorrerá em novembro, em Belém (PA), reunindo representantes dos países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
Participaram da reunião o secretário de Articulação Política do Ceará, Nelson Martins; o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda; o presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio Martins; e as secretárias executivas Adeline Lobão (Secitece) e Karyna Leal (Meio Ambiente e Mudança do Clima).
Segundo Nelson Martins, a ICID III será um marco para o Ceará. “O evento será a preparação para a participação do Ceará e do Nordeste na COP30. Portanto, é um momento muito importante para o estado”, afirmou o secretário de Articulação Política.
Até o momento, já estão confirmados cientistas de 43 países, e a expectativa é de que esse número chegue a 60 até o fim de julho, reforçando o impacto internacional da conferência. De acordo com Inácio Arruda, Secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, a ICID III deve gerar o principal documento que o Nordeste levará à COP30. “A conferência do clima vai receber a nossa proposta, como tem sido desde 1992, quando realizamos a primeira ICID”, destacou. Ele também pontuou os eixos centrais do evento. “Qual investimento vai ser feito aqui? Que investimento vamos fazer no semiárido? No Brasil e nos outros países. Como é que vai ser esse financiamento de recuperação de áreas degradadas nessas regiões? Então, é disso que se trata a Conferência”.
Para o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins, a ICID III será uma oportunidade estratégica de intercâmbio entre programas governamentais nacionais e internacionais. “O evento vai discutir o que vem sendo feito em termos de adaptação, mitigação e as mudanças do clima. E a gente poder dar visibilidade as ações que o Estado está desenvolvendo nesse contexto, trazer também um olhar de outras terras secas e semiáridas para esse problema, ou seja, como os outros países estão se preparando nessas temáticas”, afirmou.
A primeira edição da ICID ocorreu em 1992, como preparativo para a Rio 92, e resultou na criação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD). Já a segunda, realizada em 2010, antecedeu a Rio+20 e ampliou o debate global sobre os desafios socioeconômicos e ambientais das terras secas, com destaque para o Semiárido brasileiro.
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