Um professor e pai de um ex-aluno da Escola Maria Ivanilde Ferreira de Oliveira, pertencente à rede municipal de ensino de Araripe, denunciou o diretor da unidade educacional por perseguições e discriminações contra o adolescente, de 14 anos, que possui Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Segundo o professor, tais desavenças ocorrem há cerca de um ano. O garoto estudava na referida escola e costumava usar o banheiro específico para pessoas com autismo e outras deficiências, mas foi proibido pelo diretor, que trancou o sanitário sem qualquer justificativa, inviabilizando o acesso do aluno.
Por causa dessa proibição, o adolescente passou a ter crises de ansiedade e deixou de frequentar a escola, sendo matriculado em outra unidade educacional, na cidade do Crato. Por sua vez, o pai tentou discutir, sem sucesso, a questão com o diretor, e repassou o caso para o Conselho Tutelar de Araripe, que está apurando a denúncia.
Além disso, o professor relatou ter sido alvo de questionamentos do diretor sobre o conteúdo de suas aulas, nas quais estariam sendo “proferidas palavras inadequadas”. Negando a acusação, disse ter sido excluído do grupo de WhatsApp dos professores da escola e impedido de participar das reuniões escolares.
O profissional também registrou um boletim de ocorrência, e disse esperar que o caso sirva de alerta para que outras escolas de Araripe e da região adotem políticas inclusivas e combatam a discriminação contra estudantes com autismo.