Índices europeus caminham para fechar no menor patamar de 2023; Credit Suisse cai mais de 20%

Os índices europeus caminham nesta quarta-feira (15) para fechar no menor patamar desde 2023. Os principais fatores que tombam as bolsas são: resultados decepcionantes do setor varejista e um movimento de correção por parte dos investidores. 

A Inditex e da H&M, duas das maiores companhias de moda do mundo, pressionaram os índices. O pessimismo sobre os resultados das varejistas europeias ofuscava as esperanças de aumentos menores das taxas de juros.

No último pregão, os ativos europeus registraram maior ganho em um único dia em quase três meses, ajudadas por uma perspectiva resiliente para o setor bancário da região em face do colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e o crescente otimismo com uma desaceleração nas altas de juros do Federal Reserve. 

Veja o desempenho dos índices por volta das 8h, desta quarta-feira: 

 

  • Em Londres, o índice Financial Times recuava 2,14%, a 7.473,88 pontos;
  • Em Frankfurt, o índice DAX caía 2,37%, a 14.871,08 pontos;
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  • Em Paris, o índice CAC-40 perdia 2,93%, a 6.932,47 pontos;
  • Em Milão, o índice Ftse/Mib tinha desvalorização de 3,27%, a 25.925,44 pontos;
  • Em Madri, o índice Ibex-35 registrava baixa de 3,50%, a 8.838,40 pontos;
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  • Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizava-se 1,72%, a 5.875,96 pontos.

 

Credit Suisse

 

Além dos índices, uma companhia em específico também apresenta forte recuo no dia – o Credit Suisse cai mais de 20% ao longo do pregão. Os motivos pelo desempenho negativo estão descorrelacionados as questões das bolsas europeias. 

O mercado está receoso sobre quais são as dificuldades da instituição financeira estabilizar suas operações. Na terça-feira (14), após divulgar o balanço financeiro, o Credit Suisse declarou ter identificado “fraquezas significativas” em função de controles internos ineficientes. 

Apesar disso, a instituição financeira afirmou que as demonstrações financeiras “representam razoavelmente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira consolidada do grupo”. 

Outro motivo que também puxou o banco para baixo foi a notícia de que Saudi National Bank, da Arábia Saudita, não pode dar mais dinheiro ao Credit Suisse. A expectativa dos investidores era que esse novo aporte poderia ajudar as finanças da companhia. 

O presidente do SNB, Ammar Al Khudairy, à Reuters disse que não pode ultrapassar seu patamar societário – que hoje é de 10% – “devido a uma questão regulatória”. 

Fonte: G1