O Ministério Público Eleitoral (MPE) concedeu parecer favorável a desaprovação das contas de campanha do candidato derrotado a Prefeito do Crato, em 2020, Arthur de Zé Adega (PSL). No parecer, o promotor de Justiça Rangel Bento Araruna considera a existência de caixa dois, prática configurada como crime eleitoral.
Segundo o MPE, o relatório de diligências apontou irregularidades na prestação de contas e o candidato, mesmo depois de notificado, não conseguiu reunir esclarecimentos e documentos suficientes ao saneamento.
No relatório final, o Analista de Contas do Cartório Eleitoral informa a persistência de irregularidades, como o descumprimento quanto à entrega dos relatórios financeiros de campanha, bem como doações não registradas pelos doadores em suas prestações de contas, “revelando indícios de recebimento de recursos de origem não identificada”.
Para o MPE, as irregularidades ‘representarem vícios graves e insanáveis’ e “violam a transparência e a lisura da prestação de contas e dificultam o efetivo controle, por parte da Justiça Eleitoral, sobre a licitude da movimentação dos recursos de campanha, além de denotar possíveis desvios na administração financeira da campanha e a prática do famigerado caixa 2”.