STF começa a julgar se mantém liberação de emendas do ‘orçamento secreto’

Fonte: Reprodução/STF

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O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta terça-feira (14) se mantém a decisão da ministra Rosa Weber que liberou a execução orçamentária das emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto”, no Orçamento de 2021.

O julgamento acontece em plenário virtual, no qual os ministros inserem os votos eletronicamente no sistema do STF. O prazo para inserção dos votos acaba na quinta (16).

Primeira a votar nesta terça, Rosa Weber votou por manter a decisão, afirmando que devem ser observadas as regras do ato conjunto do Congresso Nacional que estabeleceu novas regras para o pagamento das emendas de relator.

A transparência dessas emendas é questionada em ações no STF e no Tribunal de Contas da União. Isso porque o pagamento não exigia identificação de quais parlamentares solicitaram a verba nem determinava a distribuição igualitária entre deputados e senadores.

Em novembro, Rosa Weber suspendeu o pagamento dessas emendas. Depois, o plenário do STF referendou a decisão por 8 votos a 2.

No último dia 6, após a aprovação do ato conjunto do Congresso, a ministra liberou a retomada do pagamento das emendas, determinando o cumprimento das novas regras do ato conjunto.

 

Novas regras

A partir da determinação inicial da ministra Rosa Weber, o Congresso aprovou mudanças nas regras do chamado “orçamento secreto”.

Técnicos legislativos e parlamentares da oposição, no entanto, consideraram que o novo texto manteve a falta de transparência. Isso porque o texto manteve em sigilo os nomes dos senadores e deputados que indicaram emendas em 2020 e neste ano.

O texto aprovado estabelece um limite para as emendas do relator, que não poderão ultrapassar a soma das emendas individuais e de bancada. Hoje, não existe um valor máximo.

A partir de 2022, os nomes dos autores das indicações serão publicados no site da Comissão Mista de Orçamento. Além de parlamentares, agentes públicos e a sociedade civil também poderão fazer solicitações para o uso do dinheiro, o que, segundo técnicos legislativos, abre uma brecha para que o nome do deputado ou senador continue oculto.

Um parlamentar pode negociar emendas e pedir para que um prefeito, por exemplo, faça o pedido diretamente ao Congresso. Assim, o nome divulgado não seria o dele, mas o do prefeito.

Fonte: G1

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