O relator da reforma administrativa, deputado Artur Maia, anunciou há pouco que vai retirar do texto da reforma administrativa um trecho incluído de última hora e considerado um “grave retrocesso” por policiais federais.
O relator vai retirar a proposta que previa a centralização da escolha de delegados dos inquéritos da PF na figura do diretor-geral. Hoje, a escolha é feita por superintendentes nos estados e por diretores de divisões relacionadas aos temas da investigação.
Maia afirmou que a inclusão foi um “erro”, uma “falha de comunicação” .
Na comissão especial da Câmara, o relator afirmou que ocorreu um equívoco no relatório e anunciou: “isso tá errado. Já mandei minha assessoria excluir isso do texto…foi uma falha de comunicação”. Segundo o deputado, um grupo de delegados o procurou par alertar do risco de perda de autonomia com a proposta incluída de última hora e que ele entendeu que a reivindicação era “absolutamente razoável” e concluiu: “quero comunicar a comissão e a imprensa que dentro de alguns minutos já vou pedir licença para sair para registrar um novo parecer onde não constará essa situação”.
Apesar da retirada do trecho sobre a escolha dos delegados de cada inquérito ter que passar pelo diretor-geral, outra parte da proposta ficou mantida e tem gerado reações entre os delegados. É o artigo que prevê foro privilegiado para o diretor-geral da PF.
Delegados afirmam que é um proposta que pretende blindar o diretor-geral e que tem problemas na origem.
Fonte: G1