População desempregada no Ceará cresce 30,6% em um ano e renda média dos empregados cai 14%

Foto: Reprodução / Correio Braziliense

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A taxa de desocupação dentre as pessoas aptas ao trabalho no Ceará atingiu o patamar de 15% nos meses de abril, maio e junho de 2021. Ao todo, 563 mil cearenses estão sem nenhum tipo de trabalho, uma alta de 30,6% ante igual período no ano passado.

Desde o segundo trimestre de 2020, cerca de 132 mil pessoas ficaram desempregadas no Ceará. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 31 de agosto.

O levantamento destaca ainda que, em um ano, o rendimento real bruto do trabalhador cearense caiu 14,1% com relação ao registrado no segundo trimestre de 2020. Conforme o IBGE, entre abril e junho de 2021, no Ceará, o rendimento mensal médio foi de R$ 1.682, menos de dois salários mínimos.

O Estado apresenta a segunda menor taxa de desocupação no Nordeste, ficando à frente apenas do Piauí, onde o desemprego atinge 14,9% dos aptos ao trabalho. Apesar disso, a taxa de desocupação do Ceará  ficou acima da taxa nacional, registrada em 14,1%.

Mesmo com aumento da desocupação, o número de trabalhadores cearenses inseridos no mercado de trabalho, formal ou informal, apresentou crescimento no segundo trimestre de 2021, conforme o IBGE. Entidade estima que das 7,6 milhões de pessoas em idade e condições de trabalho no Estado, 3,2 milhões estavam desenvolvendo alguma atividade de trabalho.

Com esse patamar, o nível de ocupação no Estado cresceu 1,6 pontos percentuais ao passar de 40,4% no 1º trimestre de 2021 para 42,1% no 2º trimestre. O número estimado de empregados do setor privado com carteira de trabalho assinada foi de 785 mil pessoas.

Ao todo, no Ceará, 53,9% das pessoas que desenvolvem alguma atividade laboral estavam alocadas no mercado informal. Percentual representa 1,7 milhão de cearense atuando sem nenhum tipo de vínculo formal de trabalho. Estado apresenta a sexta maior taxa de informalidade do Brasil.

Para o cálculo da informalidade, o IBGE considera: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.

No Estado, o setor privado é o que mais emprega, computando 785 mil pessoas com carteira assinada entre os meses de abril e junho de 2021. Apesar disso, o número de cearenses com força de trabalho subutilizado, isso é com carga horária de trabalho inferior a média da respectiva ocupação ou que realizam atividades laborais esporadicamente, é de 38,6%.

Em cenário mais instável, o número de desalentados no 2° trimestre de 2021 no Ceará foi de 10,5%. O percentual significa que dentre a população em plena condição ao trabalho no Estado, 441 mil pessoas não possuíam qualquer perspectiva de inserção no mercado de trabalho formal ou informal e que em decorrência das condições adversas do mercado, desistiram de procurar emprego.

No comparativo com o trimestre anterior e também a igual período de 2020, o número de desalentados no Ceará não apresentou “variação significativa”, conforme pesquisa do IBGE.

Fonte: O Povo

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