A mãe de Henry Borel, menino de 4 anos morto dentro de casa no início de março no Rio de Janeiro, escreveu uma carta de 29 páginas na prisão mudando sua versão e afirmando que foi drogada pelo vereador Dr. Jairinho na madrugada em que seu filho faleceu após ter sofrido agressões.
No texto, divulgado pelo “Fantástico”, da TV Globo, a professora Monique Medeiros diz que naquele dia 8 de março colocou o menino para dormir após ele acordar três vezes. Quando o casal cansou de assistir a uma série, por volta da 1h30, o vereador disse para irem para o quarto dormir.
O ex-namorado então “ligou a televisão num canal qualquer, baixinho, ligou o ar condicionado, me deu dois medicamentos que estava acostumado a me dar, pois dizia que eu dormia melhor, mas eu não o vi tomando. Logo, eu adormeci”, escreve ela no documento.
“De madrugada, ele me acordou dizendo para eu ir até o quarto, que ele pegou o Henry no chão, o colocou na cama e que meu filho estava respirando mal. Fui correndo até o quarto, meu filho estava de barriga pra cima, descoberto, com a boca aberta, olhos olhando para o nada e pensei que tivesse desmaiado”, continua.
Em seu primeiro depoimento, em meados de março, a professora havia dito que ela tinha visto o menino caído no chão primeiro, chamando Jairinho, que teria tomado remédios para dormir.
Monique diz que mentiu anteriormente porque foi orientada: “Fui treinada por dias para contar uma versão mentirosa por me convencerem de que eu não teria como pagar por um advogado de defesa e que eu deveria proteger o Jairinho, já que ele se diz inocente”, afirma.
A educadora também relata diversos episódios de ciúmes e de um relacionamento abusivo com Jairinho, ainda segundo o Fantástico. No caso mais grave, em dezembro de 2020, ela diz que chegou a ser enforcada pelo vereador porque não havia atendido uma ligação dele.
Fonte: Notícias ao minuto