Os Trabalhadores terceirizados da limpeza pública de Juazeiro do Norte entraram hoje no terceiro dia de paralisação as atividades. Eles alegam que a empresa contratada pela prefeitura ainda não efetuou o pagamento referente a outubro. Na manhã desta quinta-feira (19) houve manifestação dos garis pelas principais ruas da cidade. Com a paralisação, as vias da cidade foram tomadas por verdadeiras montanhas de lixo.
Ao todo, 330 funcionários, entre garis e coletores de lixo, estão de braços cruzados desde a última terça-feira. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Asseio, Conservação e de Limpeza Pública, além do atraso salarial, existem problemas de atraso de pagamento de rescisões, FGTS e férias.
Em nota, a empresa MXM negou atraso no pagamento dos salários. Confira:
A empresa MXM empreendimentos vem a público esclarecer que os salários dos funcionários que trabalham na coleta de lixo urbano no Município de Juazeiro do Norte estão devidamente pagos.
Registra, ainda, que o movimento de paralisação instaurado pelos funcionários da empresa é ilegal por não ter cumprido os requisitos determinados pela lei de greve.
A paralisação dos funcionários fere a legislação por não ter cumprido o rito necessário para instauração do movimento grevista, bem como por ter deixado de disponibilizar trabalhadores suficientes para manter o mínimo de funcionamento do serviço de coleta de lixo, que é tido como essencial pela lei de greve.
Por fim, a empresa reitera o seu posicionamento de respeito aos direitos trabalhistas de seus funcionários, em especial o direito de greve constitucionalmente garantido, não podendo coadunar, todavia, com o prosseguimento da paralisação à margem do que determina a lei, inclusive tendo tomado conhecimento de constrangimento, por parte do movimento paredista, de funcionários que não pretenderam aderir à paralisação, impedido-os de retomar seus postos de trabalho.
Sendo o que tinha a esclarecer, desde logo, convoca os trabalhadores para retomar as atividades, em respeito à legislação vigente.